22.7.09

Boulder e escalada na Pinheira e Guarda do Embaú.


"Segura Negão" arquivo de João Cassol.

A praia da Pinheira e a praia da Guarda do Embaú são muito famosas pelo grande potencial para a prática do surf. Desde pequeno conheci todos os lugares dessa região, muitas vezes atrás de ondas e boas condições para surfar ou (em dias flat) apenas locais para tomar banhos de mar longe da típica crowd que impregna o local durante a alta temporada.

Desde que comecei a escalar passei a conhecer a região com outros olhos, olhos de um escalador viciado em pedras que enxerga inúmeras possibilidades de escalada em qualquer bloco de pedra com mais de 2-3 metros. Descobrimos (ou já eram conhecidos?) inúmeros setores de escalada em blocos e até setores com vias de 15 metros já abertas de alta qualidade.

Os setores das vias, um localizado no costão da Guarda do Embaú e outro perto da praia do Maço, abrigam mais de 10-15 vias em móvel. Em todas as vias foram colocados grampos “P” nas paradas (ainda não conhecemos os responsáveis pelas vias), mas como em todos os costões, as proteções que não são inox acabam se deteriorando rapidamente. Não se acanhem! É possivel montar as paradas equalizando equipamentos móveis e posteriormente retirar-las por cima. Vale a pena conhecer as vias!

Os setores de boulder são maioria no local, onde os highballs são as atrações principais! A quantidade de boulder de alta qualiadade é tão grande que sempre que vamos lá repetimos muito poucos dos que já tinham sido abertos, gastanto energia apenas em velhos projetos ou novas ascenções. O legal do lugar que além de fazer boulder, voce estará seguramente fazendo cume! É interessante levar a maior quantidade de crashpad que você conseguir!

A parte das escaladas o lugar é muito bonito, com direito a uma mini prainha com barzinho e camping, os dias de descanso nunca são jogados fora!

Banho de mar, visual, escalada e surf? Alguem precisa de algo mais?

Por João Cassol

Fotos : Jonas Carceres

20.7.09

Lugar certo na hora certa

Quem nunca esteve uma vez na vida no lugar certo na hora certa? Um episódio como este aconteceu comigo neste fim de semana.

Fazia tempo que vinha prometendo para minha namorada de leva-la para conhecer a Pedra Branca, divisa de São José com Palhoça. Assim, aproveitei o bom tempo do fim de semana para fazer a caminhada até cume e aproveitei para convidar uns amigos da Faculdade.

Logo no começo da caminhada tive a primeira surpresa do dia, o inicio da trilha estava começando a ser recuperada naturalmente devido a proibição de entrada de veículos motorizados na antiga estrada, que sofre grandes problemas de erosão e em alguns lugares os sulcos já viraram voçoroca. Embora tenham colocado duas, isso mesmo, duas cercas com placas de proibido passar veículos, encontramos marcas de pneus de moto na trilha ao qual me trouxe a segunda surpresa. Possivelmente as motos entraram por um outro caminho alternativo já que não havia marcas de pneus no caminho obrigatório da imposta pela cerca.

A subida foi relativamente tranquila, uma vez que não carregava nada além de uma blusa e minha maquina fotográfica. Pude perceber que não havia muito lixo no caminho, pode ser que as chuvas da semana tenham levado para dentro da vegetação longe de nossas vistas ou que algumas pessoas tenham feito algum mutirão de limpeza.

Faltando uns 100 m para chegar no cume, percebemos que havia um grande numero de pessoas lá e ficamos um pouco apreensivos, pois comecei a lembrar de uma vez que estava escalando a via Ferrovia e tivemos que sair corrido da via porque as pessoas lá de cima estavam jogando pedra para baixo. Naquela mesma ocasião fomos pela trilha até o cume e encontramos uns "moleques" jogando pedra para baixo e quando pensamos e pedir para parar vimos que estavam embriagados.

Continuamos andando e fomos chegando no cume de mancinho para ver que tipo de pessoas eram.

Fomos aproximando e percebemos que haviam só homens mas não aparentavam pessoas que poderiam causar problemas para nós, na verdade foi o contrário, nos comprimentaram e foram educados.

Ficamos observando a ilha de Santa Catarina, embora não estava das melhores dias de visibilidade. Comecei a observar o que os rapazes estavam fazendo e vi que estavam laçando uma rocha para armar um rapel. No começo não dei muita bola pois pareciam ser militares pelas roupas camufladas de alguns. A primeira coisa que pensei foi que eles sabiam o que estavam fazendo, já que rapel é uma tecnica usada pelas forças armadas.

Foi chegando mais perto que percebi na mau de um deles um aparelho de aço que só havia visto uma vez na casa de um amigo que trabalhava com antenas de empresas de celular e naquele dia ele me disse que usava para subir em cabo de aço, similar aos ascensores de corda mas para serem utilizados em cabos. Achei estranho e comecei a reparar no que aquelas pessoas estavam fazendo e vi que estava tudo errado. Estavam utilizando uma corda que eu não teria nem coragem de prender um gato, com comprimento de aproximadamente 15 m sem nó na ponta e numa parede que tinha no mínimo 30 m. O freio era de aço, do tipo que nunca vi mas suspeitei ser destinado a usar em cabo de aço e abaixo do freio o único equipamento para montanhismo foi um mosquetão que também parecia ser de aço. Ah, a cadeirina era de corda e feito de uma forma que eu também nunca tinha visto e por isso não posso julgar.

Quando cheguei mais perto percebi que o "rapel" já estava armado que eles estavam em duvida se iriam porque "parecia" que a corda não chegava no chão. Para testar se eles sabiam o que estavam fazendo, embora tinha certeza que eles não sabiam, eu fiz uma sugestão de eles derem um nó na ponta. Todos olharam para mim com uma cara se surpresa e pude "ver" cada um deles pensando algo do tipo "Isso é óbvio, por que não pensei nisto antes?", com isso percebi que ganhei a confiança deles e me apresentei como montanhista e tentei falar de uma forma sutil a besteira que eles estavam fazendo.

Final da história, eles receberam minha "critica" com uma umildade incrível e ainda me agradeceram por eu ter "salvado" a vida de algum deles. Me lembro de até ter escutado algo do tipo "foi Jeová que trouxe ele aqui". Não sei quem me levou lá mas sei que estava na hora certa e no momento certo, se tivesse chegado um minuto mais tarde poderia ser que estaria contando uma outra história aqui.

14.7.09

Boulder nos Ingleses

Depois de um looooongo sábado chuvoso, acordo domingo as 8 horas da manha e aquele frio que não da vontade de sair da cama. Penso duas vezes antes de levantar por duas grande rasões, estava frio e já esperava aquele dia cinzento naquele chove e não molha.

Com muito esforço saio da cama abro a cortina e vejo a janela toda embaçada, por trás um vulto azul no céu. Abro a janela e vejo o chão seco, Uhu! O animo já muda, o frio nem é tanto assim e não sei mais o que é sono. Saio do meu quarto e já vou direto na porta do Camada:

-ACORDA AE PREYBOY!
- Ta louco? O que foi?
- Sol iiiirado!
Peguei o telefone e liguei pro Gabriel (Poney) e ele me pergunta para onde vamos, eu só digo pra ele acordar e tomar café que depois eu pensava nisso. No meio do café fico em dúvida para onde ir, a vontade grande é de ir pro Saquinho mas não tinha carro, a saida foi ir para os Ingleses pois tem ônibus direto e fazia tempo que não ia para lá.

Pegamos o latão e todo mundo olhando os "Bob esponja" encomodando no onibus. Chegamos na praia e caminhamos pro costão esquerdo onde já vou mostrando os boulders para a rapazeada até que paramos no boulder macaquinho, V0 bem legal para aquecer. Em seguida fomos para o boulder Cachuerinha, V1 ao qual o Camada mandou a vista e o Poney encadenou no segundo pega. No mesmo local eu entro no Cascata, V5 de travessia por baixo de um teto que é dominando no final contabilizando 12 movimentos.

Caminhamos um pouco adiante até o setor descoberto por Adriano Bueno. Este setor contem diversos boulders de grau mais baixo porém a maioria deles é bem exposto e muitas vezes nem há possibilidade de utilizar Crash Pad. Escalmos um boulder e logo voltamos um pouco para o setor da fissura no teto.

Alí encontra-se 6 boulders incríveis, tendo dois V3, um V4, um V7 conhecido como Boulder do Guile, um V5 conhecido como fissura do teto (ao qual dá o "nome" do setor, tendo um movimento que obrigatóriamente deve-se entalar a mão no teto quase que em "montê") e um projeto que pode estar cotato em V10 tentado pela primeira vez por Tiago Balen. Alguns metros mais a frente há um boulder de teto onde se entala mãos e pés, o que se sabe desta linha que apenas o escalador Marius Bagnati encadenou.

Demos uns pegas no projeto do Balen porém pouco se evoluiu e logo desistemos. Então fomos para os V3 ao qual tivemos uma pouco mais de sucesso. Ainda sim, um pouco cansada consegui repetir o Boulder do Guile. O dia foi acabando com os braços cansados e alguns arranhões nos braços.

A praia dos Ingleses apresenta uma variedade de boulder de diferentes graus e de fácil acesso, tendo como grande destaque os boulders de teto, alguns tetos de "agarrão" ideal para quem esta começando a escalar e quer sentir o prazer de pendurar num teto sem se preocupar com a queda por ser bem protejidos. Contudo há alguns boulders que são necessãrio a presença de mais de uma pessoa na segurança e dois crash pads.

Valeu Camada e Poney pela amizade e parceria





























Cascata, V5
















































Boulder do Guile, V7

Será o primeiro 11a de SC?

É com muita alegria que venho divulgar a notícia do possivel primeiro 11a (8c Frances) de SC. Visitando o blog www.ecosdamontanha.blogspot.com , o Daniel Casas relata que o portugues José de Abreu "que tem em seu currículo alguns 8c francês e vários 8a francês a vista", diz ser um possivel 11a. Já no blog blogdescalada.blogspot.com diz que há a espectativa de ser o quarto 11a do país embora ainda necessita ser confirmado tal grau para algumas vias.

Em breve João cassol que esteve em Corupá no ultimo fim de semana vai nos trazer mais detalhes.
Parabéns SC e todos aqueles que estão contribuindo para a evolução da escalada.

12.7.09

The first ascent

Sexta feira, 3 semanas sem escalar e já recuperado de uma lesão no dedo, viro para o meu colega de trabalho no fim do expediente e digo: “nunca fiquei tão feliz por chegar o fim de semana”.

Sábado 8 horas da manha e a chuva não parou. Nada que me desmotivou, a aposta é de chuva de manhã e sol com vento a tarde, perfeito para fazer boulder em alguma costão. Nada! Chuva o dia todo e fico em casa assistindo filme de escalada. A escolha foi o tal “The First Ascent” pela décima quinta vez ou mais, e foi no meio do filme que comecei a lembrar meu primeiro first ascent (FA). Afinal, o que é o tal FA?

O que muito escalador nunca parou pra pensar é que não é simplesmente a primeira ascensão de uma via, o FA é muito mais que isso. É a superação, a emoção, a tão desejada primeira. É aquela que nunca vamos esquecer e muitas vezes fica na história para sempre, mais ou menos como a primeira (o) namorada (o), a primeira paixão. Poder ser o primeiro a escalar uma via é a glória que só o escalador sente e não precisa de ninguém para ovacionar, uma sensação de conquista, adrenalina a milhão e a felicidade maior que aquela de quando se ganha a primeira bicicleta.

O meu primeiro FA, talvez não o primeiro, mas foi o primeiro FA de grande importância para escalada, uma via aberta por um “escaladorzinho” que em 2002 fez uma breve passagem na região de Londrina e deixou sua marca. Este “escaladorzinho”, com uma perna dura, era nada mais nada menos que o grande maestro Bito Meyer. A via se chama Campo Liso e fica na pedreira de Londrina ao qual é palco de um dos maiores eventos de escalada do país (já esta na décima edição), alias, foi um desses encontros que trouxe o lendário escalador para a região.

A via ficou lá por muito tempo e muitos já tinham desistido de tentar encadenar alegando que era uma via impossível e que não havia agarras, era tudo liso... Naquele mesmo ano, um pouco antes de vir pra Floripa fiz algumas tentativas e não passei do crux, estava além da minha escalada. Contudo, uma ou duas vezes por ano eu voltava para região e fazia algumas tentativas sem sucesso, até que no quarto ano (seguido) eu prometi que não sairia de lá sem a cadena.

Foi um dia inteiro tentando, talvez 7 ou 8 pegas, alguns diziam para eu desistir porque já estava cansado, mal chegava no crux. Foi aí que eu descansei bem e antes de entrar na via, de frente pra rocha, fechei os olhos e mentalizei todos os movimentos e fui. Comecei perfeito, todos os movimentos minuciosamente calculados até o crux, não tinha dado nenhum pega tão perfeito quanto aquele. Antes de entrar no crux fechei os olhos novamente e me imaginei mandando. Ultima passada de maguinésio, determinado fui e mandei o lance.

A via não acabava por ali, ainda tinha mais um lance de reglete e depois dominar um teto, as mãos abrindo e eu tentando respirar mas a única coisa que conseguia era alguns suspiros parecido com aqueles carros com turbo, foi então que saiu um grito de força e o teto estava dominado. Os braços tremiam, o coração parecia que ia sair pela boca e mal conseguia costurar a parada, confesso que meus olhos se encheram de lágrimas por um instante. Não sei porque mas me lembro que veio a cabeça a musica do metálica "The Unforgiven", sei lá, as vezes a adrenalina faz isso com a gente.

Aquela via não foi só a minha conquista, foi além disso. Campo Liso se tornou a via mais difícil encadenada da região até então, sendo o primeiro 8c do norte do estado e eu tive a sorte de ela esperar eu evoluir para ser o primeiro a ascender.


Pedreira de Londrina 2005.

10.7.09

Novo setor de boulder no saquinho

Para começara a falar efetivamente de escalada, vou começar descrevendo sobre o novo setor de boulder no sul da ilha, especificamente na praia do saquinho.

Estava eu vindo de uma seqüencia forte de escalada, tinha encadenado três projetos meus na pedreira do Abraão (agora só falta mais uma para limpar o setor, uhu!), havia encadenado alguns boulders difíceis como o "Boulder do Guile" nos ingleses, "Babe Cris" conhecido também como "boulder do Brian" no morro das pedras e mais alguns boulders novos na barra da lagoa. Sentia que meus corpo estava me pedindo (ou implorando) para começar a pegar mais leve, era dorzinha no cotovelo, nos dedos, joelhos e até nos dedos do pé. Era domingo, dia lindo de fim de outono, sem vento e aquele friozinho só pra dar um grip a mais na sapatilha, ou seja, dia de cadena!
Não tinha nenhum projeto em mente mas me lembrei de que o pessoal estava comentando bastante de um setor descoberto pelo Eleandro na praia do saquinho. Por que não, afinal sempre que se vai conhecer um setor novo tenta-se escalar o maior numero de boulder possivel, geralmente vias faceis. Era isso que estava procurando, coisas faceis e lugar novo. Peguei o telefone e liguei para o Rafael (miguelito), imediatamente a resposta foi:
- Vamos!
- Mas vc sabe onde é?
- Não! mas nós achamos!
- Então tá, to chegando na sua casa e dae vamos juntos.
Assim foi Miguelito, eu e a Angelinha. Ficou de nos encontrar lá o Israel com mais um pessoal de Caxias.

Chegamos na praia da Solidão e começamos a fazer a caminhada para a praia do Saquinho, uns 20 minutos incriveis. Inacreditável, 6 anos em Floripa e nunca tinha passado da praia da Solidão. Dia maravilhoso com um visual deslumbrante e o dia perfeito para escalar.

Já na praia do Saquinho começamos a andar pelo costão direito pelos diques, a rocha não dava nem sinal de boulder, apenas uma grande laje preta de pedra e nada maior que 2 metros de altura. Comecei a pensar " será que eu vim até aki e não vou achar estes boulder?", continuei a caminhar e de repente aparece por detras dos diques um varios blocos negativos. Uhuuuuuu!!!!

Lugar inacreditavel, uma variedade de boulder para todos os tipos e graus que vão além da imaginação. É tanto boulder que ao parar para descansar se descobre um novo, nem precisa andar muito, tudo muito perto.

Começamos a escalar os boulders mais evidentes e faceis, afinal era só pra conhecer o lugar. Após o segundo boulder aparece o Israel e sua namorada acompanhado de um casal de Caxias. Depois disso que a coisa começou a esquentar, pois o Isral já conhecia o lugar e começou a apresentar os boulders. O primeiro boulder indicado foi um possivel V4 (não se sabe os nomes), uma saida negativa sentada com as duas mãos em um reglete e depois um dinamico em um reglete abauloado. Em seguida a via sai numa diagonal para a esquerda até uma fissura na aresta. Coisa linda, boulder de cinema!

Este mesmo boulder tem uma variante que depois de chegar na aresta, segue numa fissura mais a esquerda. O lance é um pouco mais dificil.

Continuamos a escalar mais alguns boulders (uns 4) e depois resolvi tentar um boulder que estava malhando antes do pessoal chegar. Para mim um dos boulders mais bonitos do dia. Começa num negativo de 45 graus com uma agarra de canto na mão esquerda e com os braços abertos a mão direita vai em um reglete nojento na aresta, parecendo até lance de muro. O primeiro lance é um tapa em dinamico num reglete um pouco mais acima do mão direita, tem que parar nele e sobe com a mão esquerda numa outra agarra de canto, depois calcanhar direito na aresta e um dinamico num reglete laaaaaaaaa em cima. Não bastasse isso, o crux é dominar o boulder.
Fim do dia, os braços moidos e alguns dedos furados não dando mais chance de uma tentativa se quer. Acabei não mandando o boulder por uma agarra, abri a ponta de 3 dedos e uma dorzinha que mais tarde virou uma dorzona em um dos dedos da mão esquerda. Para quem deveria descansar um fim de semana e não desconsou, fica de castigo 3 semanas e um gostinho de quero voltar.

Para quem gosta de passar o dia fazendo boulder e caminhar pouco entre um e outro, este é o lugar ideal. Muitas linhas em negativo, uma rocha com uma testura muito boa e desgasta pouco a pele. Além disso, na grande maioria, o boulders são bem protejidos não necessitando mais de dois crash pads.

Primeira postagem

Para primeira postagem nada melhor do que contar porque de criar um blog, ou não?Enfim, já que me dei a oportunidade de criar este blog eu escrevo o que bem entender. Cabe a você leitor decidir se vai ler ou não.
Bom, tudo começou no trabalho. Cansado de ficar sentado na frente do computador o dia todo fritando o cérebro (pior de tudo que estudei a vida toda pra fazer isso), e nos momentos em que a cabeça fritava eu parava tudo e ia buscar paz na mente, ou seja, buscar noticias de escaladas e sonhar um pouco em chutar o balde (agora) e ir pra montanha.
Na verdade se for parar pra pensar isso começou antes, é culpa da dita universidade. Se não tivesse me formado estaria provavelmente esperando a chuva passar pra decidir onde escalar ou até preocupado com alguma prova ou trabalho. Hum... não sei ao certo, minha vida na faculdade não foi tão fácil assim. Para escalar tinha que ter dinheiro, e pra ter dinheiro tinha que trabalhar, entretanto, estava estudando. Oh vida! Por sorte tinha a tal bolsa IC, milagroso R$300,00 que dava pra comprar passe do RU, cervejinha no fim de semana além das pagar viajens de escalada e equipamento, é claro.
Não, a coisa é pior do que eu pensava! O problema começou no dia em que eu passei no vestibular. Poderia ter desistido desta vida de estudar e só escalar, por que não escalar? Ai vem um sem graça (pai) e diz "como é que você vai se sustentar?". Oh vida! Neste pais em que muita gente morre de fome como é que vou quer sobreviver escalando? O governo já tem preocupação de mais, não dá pra sobreviver da escalada. Merd#@%!
Sabe de uma coisa? Pensando bem... é... sei lá... a culpa é do primeiro dia que eu fui escalar, isso sim. Se nunca tivesse escalado na vida não estava aqui agora, talvez estaria num bar embriagado pensando na dança dos famosos.
É, pensando melhor ainda, ainda bem que eu sou escalador, ainda.
Caro leitor, a primeira postagem nada mais que isso, é isso! Escalar é mais que um esporte, é um estilo de vida! (não sei de onde eu vi isso, me perdoe o autor da frase).
Este blog vai contar algumas aventuras de escalada engraçadas e outras tristes, mas enfim, o que seria da felicidade se não houvesse a tristeza?
Para finalizar, este blog é um pouco do que é esse estilo de vida.
Muito obrigado pela paciência de ler este texto mediócre, mau escrito e cheio de erros gramaticais.